Aberta em 17 de abril de 2013, a exposição “Voto no Brasil: uma História de Exclusões e Inclusões” pode ser visitada no Museu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por estudantes, pesquisadores e público em geral. O Museu do TSE está localizado no subsolo do edifício-sede do Tribunal, em Brasília.

Organizada pelo Museu do TSE e Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), a exposição conta a história das eleições no país, dando relevo às pessoas, sejam elas participantes ou excluídas do processo eleitoral, de 1532 até os dias de hoje. 

A mostra é um espaço de reflexão sobre a história da inclusão ou exclusão de pessoas do processo eleitoral, contribuindo, assim, para instigar os visitantes a se questionarem sobre conceitos como cidadania e democracia. Para tanto, revela como foram incluídas ou excluídas pessoas desse processo conforme sua classe social, gênero, cor, renda, idade e escolaridade, dentre outros critérios de distinção.

O acervo da exposição reúne objetos, documentos históricos e reproduções de trabalhos de artistas como Aleijadinho, Di Cavalcanti, Portinari, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Rugendas, Frans Post, Nicolas Antoine Taunay, Vicente do Rego Monteiro e Osgemeos, dentre outros nomes da arte brasileira desde o século XVII.

Além da exibição de obras históricas e reproduções, pertencentes a acervos de instituições como o Museu da FAAP, Museu Imperial de Petrópolis, Museu Histórico Nacional, Museu Nacional de Belas Artes e Museu da República, entre outros, e coleções particulares, há uma coletânea de objetos que recontam a trajetória do país, de propriedade do próprio Museu do TSE.

Entre as raridades estão alguns modelos de título de eleitor a partir de 1881, um exemplar de uma urna eleitoral do Brasil Império, confeccionada em madeira, uma carta do século XIX de um candidato pedindo voto e uma fotografia de uma urna utilizada em 1750.

Estrutura

A exposição conta com três nichos que se relacionam aos períodos históricos da colônia, Império e República, retratando as exclusões e inclusões de pessoas no processo eleitoral em determinados espaços de tempo.

Os nichos mostram os cidadãos que faziam parte do centro das atividades das eleições, exercendo com plenitude seus direitos políticos. E aqueles que, em função das estratégias de exclusões adotadas em cada época, integravam a periferia do processo eleitoral, tais como índios, negros, judeus, mulheres, agricultores, pessoas que trabalhavam com as mãos, estrangeiros, pessoas com renda inferior à definida na Constituição, portadores de hanseníase, presos provisórios e analfabetos.

O Museu do TSE fica aberto de segunda a sexta-feira, das 12h às 19h. Para agendar uma visita guiada, entre em contato pelo telefone (61) 3030-9281 ou pelo e-mail museu@tse.jus.br.

LC, EM/DB