Maria Claudia Bucchianeri toma posse como ministra substituta do TSE na próxima terça (3)

Nome da advogada integrou lista tríplice inédita composta apenas por mulheres

Dra. Maria Cláudia Bucchianeri durante Ciclo de palestras Eleições 2016 -  Inovações e Desafios

Na próxima terça-feira (3), a advogada Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro será empossada ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela classe dos juristas.

Maria Claudia se junta a Ellen Gracie, Eliana Calmon, Fátima Andrighi, Cármen Lúcia, Laurita Vaz, Maria Thereza de Assis Moura, Rosa Weber e Luciana Lóssio, únicas mulheres que, em 89 anos de Justiça Eleitoral, integraram o Plenário do TSE.

“Estou consciente do enorme desafio de seguir em frente com o histórico trabalho desenvolvido pelas brilhantes mulheres que já integraram a Corte, conferindo uma hermenêutica constitucional e eleitoral feminista aos temas que são submetidos à análise do Tribunal”, afirma.

Maria Claudia foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 25 de junho, para ocupar a vaga deixada pelo ministro Carlos Horbach, que se tornou membro titular da Corte em maio deste ano.  A escolha da advogada foi realizada a partir de lista tríplice inédita integrada apenas por mulheres, enviada pelo TSE ao presidente da República.

Diversidade e representatividade

Ao anunciar a chegada de Maria Claudia, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que, atualmente, o Colegiado da Corte Eleitoral conta apenas com homens, o que é “inaceitável no mundo em que se busca diversidade e paridade”.

Para a jurista, o Tribunal Superior Eleitoral é uma Corte moderna, célere e que vem desempenhando, com reconhecido êxito, o enorme desafio de organizar e realizar eleições seguras, transparentes e confiáveis numa das maiores democracias do mundo.

“Estou extremamente animada e motivada com essa preciosa oportunidade que o destino me conferiu. Já fui servidora do TSE, advogada militante, e poder servir à Casa, agora na condição de juíza substituta, é uma das maiores honras de minha trajetória profissional”, destaca.

Sobre a necessidade de uma maior representatividade de mulheres também na Justiça Eleitoral, ela lembrou que a advocacia eleitoral, em todo Brasil, conta com brilhantes profissionais femininas e, a despeito disso, de um total de 112 vagas destinadas à classe dos juristas por todos os tribunais eleitorais nacionais, apenas 11 são ocupadas por mulheres.

“O que revela o gravíssimo manto de invisibilidade que encobre talentos femininos. Há um telhado de vidro que precisa ser rompido e a mudança dessa realidade é algo que se faz urgente. Espero que, quando essa minha passagem pelo TSE se encerrar, estejam na Corte outras colegas, dando continuidade a esse movimento de ampliação de espaços de representatividade", ressalta.

Currículo

A nova ministra é advogada, mestre em Direito de Estado pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Direitos Fundamentais pela Universidade de Coimbra (IBCCrim). Já atuou como assessora-chefe da Presidência do TSE e é fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep). Atua como professora de pós-graduação em Direito Constitucional e em Direito Eleitoral e, atualmente, é presidente do Instituto de Direito Eleitoral do Distrito Federal (IDEDF).

A sessão solene de posse será transmitida antes da sessão de julgamentos no canal do TSE no YouTube, a partir das 19h.

MM/LC

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