Ações do TSE de combate à desinformação são elogiadas pelo Observatório da Universidade Complutense de Madrid

Relatório publicado pela instituição diz que atuação do Tribunal nas Eleições 2022 serve de exemplo para outros organismos eleitorais

Logo Universidad Complutense de Madrid - 16.12.2022

O Observatório da Universidade Complutense de Madrid publicou um relatório onde atesta o papel fundamental do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no combate à desinformação e às fake news durante as Eleições 2022 para garantir a manutenção da democracia no país.

“Em resumo, das atuações de enfrentamento à desinformação desenvolvidas pela América Latina nos últimos anos, nos atrevemos a qualificar a atuação do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro como a mais completa, convencidos de que pode e deve servir como modelo para outros organismos eleitorais”, diz o documento.

Fundada em 1499, a Universidade Complutense de Madrid é uma das mais antigas do mundo e uma das mais prestigiosas instituições de ensino superior europeias. O relatório foi dirigido por Rafael Rubio Núñez, professor de Direito Constitucional da Universidade, e é fruto de um pedido do próprio TSE ao Observatório Complutense.

O Observatório registrou que a generalização da desinformação nas eleições se transformou em uma ameaça global, que busca semear dúvidas sobre o resultado dos pleitos e desconfiança sobre o processo eleitoral, em particular, sobre o sistema democrático.

Foi destacado pela instituição que no Brasil, inexiste lei específica para tratar sobre a desinformação durante o processo eleitoral. Contudo, o documento aponta toda a base normativa utilizada para combater as fake news no país, incluindo as resoluções publicadas pelo TSE que abordam a temática.

Entre elas, houve destaque para a Resolução 23.610/2019 que trata da propaganda eleitoral e de condutas ilícitas, e para a Resolução 23.714/2022, que dispõe sobre o enfrentamento da desinformação que atinja a integridade do processo eleitoral Segundo o Observatório, esse normativo reforçou as medidas de luta contra a desinformação que poderiam impactar na integridade do pleito.

Ações

O relatório também aponta as diversas ferramentas desenvolvidas pelo TSE para garantir eleições transparentes, reduzindo o impacto das fake news ao longo dos anos, como o aplicativo Pardal, criado em 2016, que permite o envio de denúncias com indícios de práticas indevidas ou ilegais no âmbito da Justiça Eleitoral. “Se nas Eleições de 2020 a Justiça Eleitoral recebeu 48.673, nas Eleições de 2022 foram recebidas 52.2051 [denúncias], nem todas relacionados a redes sociais, mas o número está aumentando”, ressalta o documento. Ressaltou-se também a rede de checadores de fatos, que contou com nove instituições e mais de 100 pessoas envolvidas na comprovação da veracidade de 274 notícias relacionadas ao processo eleitoral.

Cita também a criação, em 2019, do Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas Eleições 2020, que, posteriormente, foi tornado permanente pela Portaria TSE nº 510/2021. E destaca a página Fato ou Boato, parte do Programa Permanente, que disponibiliza conteúdos verdadeiros para combater informações falsas divulgadas a respeito do processo eleitoral, em parceria com nove das principais agências de checagem do país.

Papel

O Observatório Complutense concluiu que, diante de toda a desinformação que tomou conta do país em 2022, a atuação do TSE foi: respeitadora dos direitos fundamentais; proativa, pois planejada com antecedência de dois anos; estratégica, com objetivos claros e recursos necessários para alcançá-los; abrangente, já que foi desenvolvida de forma transversal para enfrentar uma ameaça; contínua, apesar das mudanças periódicas nas autoridades eleitorais; colaborativa, pois envolveu diversos órgãos, a mídia, observadores internacionais e a sociedade brasileira; e realista, uma vez que concentrou esforços sem tentar ir além das respectivas capacidades e competências.

Sugestões

Por fim, o relatório traz sugestões ao TSE, como uma maior integração entre as áreas jurisdicional e administrativa, embora tenha sido realizado um trabalho conjunto, e continuação do processo de fortalecimento da segurança jurídica, evitando alterações de última hora nas normas e consolidando as mudanças por meio de regulamentações, não apenas jurisdicionais.

Confira a íntegra do relatório.

PG/LC, DM

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