Urnas eletrônicas de 2004 e 2006 inovaram com Registro Digital do Voto (RDV) e leitores de impressão biométrica

Série “Evoluções Técnicas na Urna e no Processo Eleitoral” mostra que as novas funcionalidades reforçaram a lisura do sistema eletrônico de votação brasileiro

Evolucoes_tecnicas_2004-11.01.2023

As eleições municipais de 2004 e gerais de 2006 também se destacaram com fatores que contribuíram para a contínua evolução do sistema de votação eletrônico brasileiro. Os dois pleitos trouxeram dois mecanismos que ampliaram a funcionalidade da urna eletrônica, instituindo o Registro Digital do Voto (RDV) e a identificação biométrica dos eleitores.

RDV

O Registro Digital do Voto, criado em 2003 e usado a partir das eleições de 2004, é um instrumento de transparência. O RDV consiste numa lista digital que armazena todos os votos à medida que são digitados no teclado da urna. Os dados são gravados de maneira aleatória para manter o sigilo do voto.

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Segundo o ex-secretário de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Giuseppe Janino, a inovação substituiu a necessidade de qualquer tipo de voto impresso. A funcionalidade torna possível recontar os votos de forma automatizada, sem comprometer a credibilidade do processo eletrônico de votação. Assim, a ferramenta permite que partidos políticos e outros interessados realizem eventual auditagem.

Identificação biométrica

Várias urnas eletrônicas utilizadas nas Eleições Gerais de 2006 contaram com leitores de impressão biométrica. Foi neste período que se iniciaram os primeiros testes para otimizar a identificação de cidadãos, garantindo ainda mais segurança e legitimidade ao processo eleitoral.

Mesmo com a tecnologia do sistema eletrônico de votação já consolidado, desde 2000, o procedimento de identificação do eleitorado ainda dependia totalmente de intervenção humana. No dia de votação, os mesários recebiam os documentos da pessoa que ia votar, verificavam os dados, digitavam o número da inscrição na urna eletrônica e, se o registro do título eleitoral estivesse naquela seção, liberavam a urna para a eleitora ou o eleitor registrar o voto.

A profissional de marketing, eleitora de Minas Gerais, Bárbara Pedroso, de 35 anos, acredita que a identificação biométrica torna o processo eleitoral ainda mais seguro, pois evita que uma pessoa vote no lugar de outra e traz agilidade ao andamento do pleito eleitoral.

“Meu primeiro voto foi aos 16 anos, utilizando a urna eletrônica. Ainda não tinha biometria. Na eleição seguinte, eu estava identificada biometricamente e, para mim, foi uma experiência simples, ágil e segura. Não consigo imaginar uma eleição em um país gigantesco como o Brasil utilizando cédulas de papel. E a modernidade da urna só faz ter mais certeza de que temos um sistema que garante que foi realmente aquele eleitor quem votou e naquele equipamento”, afirmou.

TP/MSM, DM

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