70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral são celebrados em sessão solene

70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral são celebrados em sessão solene

Sessão em comemoração dos 70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral

“Datas como a de hoje, esse jubileu de 70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral no país, devem e merecem ser comemoradas” por todos os brasileiros, destacou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, em seu discurso na sessão solene da Corte desta quinta-feira (28) em comemoração à data.

“Aqui me cabem alguns registros: agradecer toda essa história da Justiça Eleitoral, desde a sua criação em 1932 e sua reinstalação em 1945, ao Poder Executivo, aos presidentes da República que apoiaram esta Justiça Eleitoral e agradecer o apoio sempre recebido na história da Justiça Eleitoral pelo Congresso Nacional”, disse Toffoli.

“Nunca faltou da parte do poder público brasileiro apoio orçamentário, apoio aos projetos e às leis para instrumentalizar a devida ação do Poder Judiciário Eleitoral. Nós agimos e atuamos nos limites dados pela Constituição da República e pelas leis aprovadas pelo Congresso Nacional e este registro de agradecimento é necessário ser feito porque é absolutamente verdadeiro”, acrescentou o presidente do Tribunal.

Criada em 1932, a Justiça Eleitoral teve suas atividades interrompidas durante o Estado Novo (1937-1945), na Era Vargas. Em 1945, com a saída de Getúlio Vargas do poder e o início de um período de redemocratização do país, houve a criação do novo do Código Eleitoral, a reinstalação da Justiça Eleitoral e ocorreram eleições diretas para presidente da República e Congresso Nacional.

O decreto presidencial (Decreto-Lei nº 7.586) de 28 de maio de 1945 restabeleceu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com as características que detém atualmente, para atuar como órgão máximo da Justiça Eleitoral, passando a funcionar no Rio de Janeiro (RJ), onde permaneceu até 1960, quando foi transferido para Brasília (DF), com a mudança da capital do país.

Além da presidente Dilma Rousseff, do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, e dos ministros da Corte Superior, integraram a mesa da sessão solene o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, e o advogado Fernando Neves, como representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Depois da execução do Hino Nacional, houve exibição de vídeo institucional sobre a Justiça Eleitoral, com um resumo dos fatos que levaram à sua reinstalação em 1945, contextualizados com a evolução desse ramo especializado do Poder Judiciário e das eleições no país. O material foi produzido pelo Núcleo de TV do TSE e reuniu depoimentos de ex-presidentes do Tribunal e juristas, dentre outras autoridades, sobre o assunto.

Pronunciamentos

Ao discursar em nome do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Henrique Neves fez um relato da história da Justiça Eleitoral. Lembrou que, desde a sua reinstalação, 198 ministros e ministras, titulares ou substitutos, passaram pelo TSE. “Os inúmeros julgados pela Justiça Eleitoral revelam a constante preocupação com um dos elementos essenciais à democracia: a igualdade de chances entre os atores do processo eleitoral”, destacou o ministro.

Henrique Neves lembrou que, nesses 70 anos, as eleições brasileiras se agigantaram. “A necessária preparação tem sido redobrada a cada pleito. A entrega da condução das eleições à Justiça Eleitoral, organizada e independente, permite que sejam alcançados os fundamentos da República relativos à soberania, à cidadania e ao pluralismo político”, sustentou.

Os 70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral, afirmou o ministro, “servem para animar e incentivar a continuidade dos trabalhos, em busca do aperfeiçoamento do processo eleitoral brasileiro e da prestação da jurisdição, de forma que, sem desatender às normas vigentes, se garanta a efetividade da soberania popular, respeitando-a como fonte única do poder democrático”.

O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, disse que o Ministério Público atua, com a Justiça Eleitoral, como parceiro e fiscal na “elevada missão de prover aos brasileiros eleições justas, democráticas e transparentes”. “Nesta data, comemoramos nós, os cidadãos, a Justiça [Eleitoral] que ressurgiu. E estaremos, no Ministério Público, atentos para que o arbítrio jamais se abata novamente sobre ela”, disse o procurador-geral.    

Ao falar em nome dos advogados e do Conselho Federal da OAB, o ministro aposentado do STF e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade), Sepúlveda Pertence, lembrou alguns momentos da história política do país e do próprio TSE. Ele ressaltou a importância e necessidade de uma reforma eleitoral profunda.

“Essas últimas décadas de sucessivos passos de esforço contínuo avalizam a frase que venho repetindo à exaustão no curso dessa vivência na Justiça Eleitoral: Ela, a Justiça Eleitoral, entre tantos fracassos da República, é uma instituição que deu certo”, disse Sepúlveda Pertence, que já ocupou a Presidência da Corte Eleitoral.

Selo personalizado e placa

Logo após os pronunciamentos, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, lançou carimbo comemorativo e selo personalizado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) em homenagem à data. O selo comemorativo será utilizado pelos órgãos da Justiça Eleitoral em suas comunicações oficiais.

As ministras do TSE, Rosa Weber e Maria Thereza de Assis Moura, descerraram, em seguida, placa comemorativa dos 70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral, que será posteriormente fixada na entrada do Plenário, no subsolo do edifício-sede.

Presenças

Compareceram ainda à sessão solene os ex-presidentes da República José Sarney e Fernando Collor, ministros e ministros aposentados do STF, presidentes de TREs, ex-diretores-gerais do TSE, ministros de tribunais superiores, ministros de Estado, representantes do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), advogados, servidores da Corte Eleitoral e jornalistas.

Ato ecumênico

Ainda em comemoração aos 70 anos de reinstalação da Justiça Eleitoral, o TSE promove um Ato Ecumênico nesta sexta-feira (29), às 17h, no Auditório I do Tribunal. Os oradores convidados para a cerimônia são Dom Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília, Ana Maria Nunes, pastora da Igreja Batista Internacional dos Milagres, Geraldo Campetti, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, e Ademar Kyotoshi Sato, monge do Templo Shin Budista da Terra Pura.

EM, BB/JP

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