Idosos do projeto “Meu nome, minha identidade” visitam Museu do TSE

O Museu do TSE recebeu, na tarde desta terça-feira (31), a visita de cerca de 20 idosos que participam do projeto “Meu nome, minha identidade”, da Universidade de Brasília (UnB). Os idosos aprenderam um pouco sobre a história do Brasil e da Justiça Eleitoral, contada pelo servidor Admilson Siqueira e Silva Junior, da Seção de Museu do Tribunal.

A ideia de trazer os idosos partiu da servidora do Tribunal Edilan Kelma Nascimento Sousa. Kelma é mestranda em Linguística pela UnB e faz parte do projeto na área de alfabetização ou, conforme explica, em letramento. “Nesse contato com os idosos, percebemos que o letramento é muito mais que alfabetizar, porque desenvolve as ideias, por exemplo, de cidadania e democracia”, diz.

Ela destaca que, como servidora da Casa da Democracia, teve a ideia de trazer os idosos porque na alfabetização de adultos trabalha-se com temas voltados à realidade, como o  Estatuto do Idoso e a importância do voto. Antes da visita, foram trabalhados assuntos ligados às eleições e foi realizada até uma eleição simulada.

“Há relação de cidadania e voto. Eles não são obrigados a votar, porque são analfabetos e muitos já têm mais de 70 anos. Mesmo assim, gostam de ser envolvidos nas práticas sociais”, afirma Kelma, que é revisora no gabinete da ministra Rosa Weber.

Para a professora Denise Elena Garcia da Silva, orientadora de Kelma e que também veio ao TSE, a Linguística engloba vários níveis da língua, entre eles a análise do discurso. “O discurso é o nível da linguagem que faz da língua uma prática social”, explica a professora.

De acordo com a professora, o âmago do projeto é o fortalecimento por meio de práticas de letramento, do resgate de identidade e do fortalecimento da cidadania. “O primeiro passo para exercer a cidadania é o direito ao voto”, diz Denise, para ressaltar a importância da visita ao TSE.

A orientadora lembra que, de acordo com estatísticas recentes do IBGE, o Brasil está crescendo muito pouco, cerca de 5% ao ano, e há a projeção de que daqui a 28 anos a população vai estar estagnada. “Então, temos que cuidar das pessoas que já estão ou estão estão entrando no ciclo da terceira idade”, conclui a professora.

O projeto “Meu nome, minha identidade” é voltado para idosos em situação de risco. O grupo que visitou o TSE mora na Estrutural (DF). A visita, que geralmente é voltada a crianças e adolescentes, foi adaptada pela equipe da Seção de Museu para receber os idosos.

Uma das visitantes, Maria Aparecida da Silva, de 76 anos, disse que sempre teve vontade de conhecer o TSE e que, se tivesse tido oportunidade, teria se formado em História. “Sempre é bom adquirir conhecimento. Mesmo sem ter muito estudo, podemos aprender pelo conhecimento das outras pessoas. Estou muito satisfeita de estar aqui”, conclui.

GA/RD

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