Os indígenas da etnia Krahô, que moram nas aldeias Cachoeira e Pedra Branca, localizadas na 32ª Zona Eleitoral de Goiatins, foram visitados  nesta terça-feira (27) e receberam informações sobre o Projeto de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas,  da Justiça Eleitoral do Tocantins. O chefe de cartório Pedro Henrique orientou as comunidades sobre o desenvolvimento do projeto, conscientizando-os sobre a ativa participação nas escolhas dos líderes políticos.

As visitas fazem parte do cronograma do Projeto de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas do Tocantins, sendo visitadas 12 comunidades indígenas para a escolha de dois líderes para integrar os debates que acontecerão em março, no TRE-TO.

O cacique André Krahô, da aldeia Cachoeira, elogiou a atuação da Justiça Eleitoral por se preocupar em abrir o diálogo e dar a oportunidade de dizerem o que pensam. “Estamos de braços abertos para receber qualquer um que vier aqui. Estamos felizes que nós vamos ter acesso aos nossos direitos para poder cobrar mais de quem a gente elegeu. É muito bom a participação. O eleitor tem obrigação de falar, de cobrar e fazer parte da gestão. O município tem que ver e cuidar. Por isso, estamos falando aqui. É interessante a gente participar, aprender e ajudar o outro”, disse.

Em seguida a equipe do TRE-TO se deslocou até a aldeia Pedra Branca, que fica a aproximadamente 150 quilômetros de Goiatins, para dar continuidade ao cronograma de visitas. De lá os líderes indígenas expressaram o contexto pelo qual a etnia está inserida. “Nós somos eleitores, apoiamos prefeitos, vereadores, governadores e não temos o retorno que precisamos. Com certeza esse projeto chega em boa hora, porque agora vamos poder ir atrás dos nossos direitos e ter respeito”, disse o cacique Márcio Krahô.

Projeto

O projeto se desenvolverá em duas fases. Na primeira, será promovido um evento com a participação de representantes governamentais do Legislativo e do Executivo, do Ministério Público e da Defensoria Pública, com atenção especial à participação das lideranças indígenas.

Na segunda fase do projeto serão delineadas soluções, bem como a execução de politicas públicas a partir das dificuldades listadas pelas comunidades indígenas e pelos órgãos governamentais.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRE-TO