Participação de investigadoras no TPS 2021 abre caminho para outras mulheres nas próximas edições

Sexta edição do Teste Público de Segurança contou com duas investigadoras. Testes de 2009, 2012 e 2016 também receberam representantes femininas

Mulheres TPS - 27.11.2021

Desde a criação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2009, o Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação tem como marca o caráter colaborativo entre a Justiça Eleitoral (JE) e a sociedade. Além disso, tem sido um símbolo de pioneirismo, não apenas por ser o maior teste realizado no mundo ou pelas inovações incorporadas a cada edição, mas também pela participação de mulheres entre os investigadores. As edições de 2012 e 2016 receberam representantes femininas, e a edição deste ano contou com duas investigadoras.

Para o secretário-geral da Presidência do Tribunal, juiz Sandro Nunes Vieira, que realizou na última sexta-feira (26) a cerimônia de entrega de certificados aos participantes ao lado do diretor-geral do TSE, Rui Moreira, a participação de mulheres precisa ainda ser sedimentada nos próximos Testes.

Motivação

Servidora pública do Ministério Público do Estado de Goiás há 10 anos, a advogada Lorenna Rodrigues explica que ficou muito feliz ao saber que participaria do TPS, pois sempre foi apaixonada pelos temas relacionados ao Direito Eleitoral. “O que me motivou a me inscrever foram os ataques ao sistema eletrônico de votação nos últimos tempos. Vim conhecer mais a fundo como é que funcionava realmente, o que tem por trás de uma eleição e da urna eletrônica”, explicou.

Para a investigadora apresentar o plano “Registro digital do voto e ordem de votação: possível quebra de sigilo”, foi preciso estudar a estrutura da urna. O plano dela consistia em tentar rastrear a ordem de votação para ver se há uma possibilidade de quebra de sigilo do voto.

“Me sinto pioneira, abrindo portas, assim como outras que vieram antes de mim. Mas precisamos de muito mais investigadoras. Infelizmente, a área de Tecnologia da Informação tem mais homens, e há certo preconceito. Devido a isso, muitas ficam com medo ou vergonha. Precisamos aproveitar oportunidades como essa para abrir cada vez mais espaços para as mulheres”, disse.

Confiança

Nayara Fábia também participou pela primeira vez do TPS. Inscrita inicialmente como investigadora individual, após concluir seu plano, ela acabou sendo incorporada a um grupo de teste que trabalhou na possibilidade de inserir na urna eletrônica um pendrive não certificado pela Justiça Eleitoral.

“Senti muita generosidade dos outros investigadores. Eu acho fantástica essa oportunidade que o TSE abre. A Justiça Eleitoral tem que divulgar mesmo, com o máximo de transparência, todos os processos da urna. Qualquer tipo de falha que for detectada aqui por nós investigadores abrirá uma possibilidade de solução, de blindar ainda mais as urnas contra qualquer tipo de ataque. Tudo isso trará mais transparência e segurança para as Eleições de 2022”, disse.

Nayara ressalta que sempre foi uma pessoa muito confiante na Justiça Eleitoral, até mesmo por ser advogada. “Mas conhecer por dentro a tecnicidade dessa parte da urna me permitiu ainda mais consciência do quanto complexo e seguro é o sistema, e do quanto é difícil que qualquer tipo de ameaça possa existir”, ressaltou.

MM, LC/DM

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