Urna eletrônica: mais avançada, nova máquina terá custo de conservação muito menor

Modelo UE2020 está sendo produzido pela empresa Positivo Tecnologia, após vitória em licitação

Urna eletrônica - 20.12.2021

Máquinas mais modernas, rápidas e com arquitetura diferenciada. Essas são algumas das inovações e melhorias trazidas com o novo modelo de urna eletrônica (UE2020), que começou a ser produzido no mês de novembro no Brasil. A empresa Positivo Tecnologia é a responsável pela fabricação dos 225 mil novos equipamentos, que já serão utilizados nas Eleições Gerais do próximo ano.

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Para conquistar esse direito, o grupo passou por um processo licitatório dividido em três etapas: entrega dos documentos de habilitação, proposta técnica acompanhada de uma unidade do Modelo de Engenharia da UE2020 e proposta de preço. Toda a licitação nº 43/2019, vale lembrar, foi amplamente divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abril deste ano, por meio de audiência pública.

O coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, fala sobre algumas das mudanças trazidas com o novo modelo da urna. “Houve uma evolução muito grande em termos de arquitetura. Essa urna conta com terminal de mesários sensível ao toque, a bateria foi alterada para melhor. Nossa expectativa é que, por ter um custo de conservação muito menor que os modelos anteriores, a urna se pague diante do maior investimento financeiro feito pelo Tribunal”, destaca.

Investimento

A UE2020 custará 985,50 dólares, a unidade. Esse valor, no entanto, é fixo e foi estabelecido dentro da proposta de preço apresentada pela Positivo Tecnologia. Como referência para o preço final, a taxa de câmbio utilizada foi a do dia 17 de janeiro de 2020, quando um dólar estava cotado a R$ 4,1837. A urna foi orçada em dólar porque, apesar de ser totalmente fabricada no Brasil, a maioria dos componentes eletrônicos do equipamento é importada de países asiáticos.

“Esse novo modelo foi projetado para oferecer uma experiência de votação mais fácil e acessível aos eleitores e mesários. Além disso, a bateria de lítio não precisa de recarga; ela acompanha toda a vida útil da urna. Essa maior autonomia impacta diretamente em um menor custo de conservação. Nosso equipamento deve ser aprimorado de forma constante, principalmente em razão das alterações mercadológicas dos componentes eletrônicos e de computadores”, afirma Azevedo.

Renovação necessária

A licitação dos novos equipamentos tem como objetivo dar continuidade à renovação do parque de urnas e complementar o quantitativo necessário para suprir eventual crescimento do eleitorado. A estimativa atual de renovação do parque de urnas eletrônicas é de aproximadamente 300 mil unidades, uma vez que, a cada eleição, é necessário substituir urnas antigas que já ultrapassaram 10 anos de uso ou foram usadas em seis eleições ordinárias.

JM/LC, DM

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