Novo contrato do TSE para a divulgação dos resultados das eleições

Denúncia: Circulam nas redes sociais e no Whatsapp vídeos e posts que sugerem a possibilidade de fraude nas eleições deste ano, pelo fato de o TSE ter firmado um novo contrato para a divulgação dos resultados das eleições à véspera do segundo turno.

Data de publicação: 25.10.2018

falso

Esclarecimento

O TSE realizou uma licitação (Pregão Eletrônico TSE 62/2018) este ano para contratação do serviço de distribuição de informações públicas e aceleração de conteúdo não intrusivo, por via de disponibilização de uma rede de distribuição de conteúdos (Content Distribution Network -CDN) para replicação de informações dos portais da Justiça Eleitoral.

Destaca-se que o serviço não faz parte do processo de apuração e de totalização das eleições, sendo uma ferramenta para ampliar a capacidade de acessos às páginas na internet dos tribunais eleitorais, devido ao grande número de visitantes durante o período eleitoral.

A contratação é essencial para a divulgação de dados públicos durante o período eleitoral, visto que o número de consultas cresce significativamente. Dentre esses dados, tem-se  os relacionados às candidaturas, às prestações de contas eleitorais e aos resultados das eleições. 

O contrato com a empresa vencedora do pregão foi rescindido este mês por descumprimento contratual. Em síntese, no primeiro turno da eleição deste ano a empresa não prestou adequadamente o serviço contratado, não ampliando a capacidade de acessos aos sites, gerando uma série de contratempos que impactaram a distribuição dos conteúdos gerados pela Justiça Eleitoral.

Diante dos problemas verificados, e com o objetivo de evitar novos contratempos no segundo turno das eleições, o TSE rescindiu o contrato.

Com base no previsto na legislação que normatiza as licitações na Administração Pública, o Tribunal convocou as demais empresas participantes do pregão 62/2018 para prestar o serviço remanescente do contrato (TSE 93/2018).

Segunda colocada no pregão foi então contratada para prestar os serviços pelos dois meses remanescentes, após ter apresentado a documentação exigida pelo edital.

Cabe ressaltar que o novo contrato foi assinado com os mesmos valores da primeira colocada, com as devidas adequações financeiras em razão do prazo remanescente a ser executado. A nova contratação foi realizada com base no disposto no inciso XI do art. 24 da Lei nº 8.666/93:  

Art. 24.  É dispensável a licitação:
(...)

Ligações partidárias

Uma das notícias veiculadas afirma, erroneamente, que os sócios da nova empresa contratada – a segunda colocada no processo licitatório – possuem ligações partidárias suspeitas. Checagem realizada pelo Projeto Comprova, veículo de notícia especializado, aponta que os sócios da empresa são Christian Leite Limp de Azevedo e Luciana Leite Limp de Azevedo. Ela é psicóloga e não está filiada a nenhum partido político. Ele, por sua vez, é filiado ao partido Novo, fato não é mencionado na notícia falsa. As informações sobre filiação partidária foram obtidas no sistema de consulta de certidões de filiação, do TSE, de acesso público.

Segundo o que foi divulgado pelo Comprova, o homem que foi atacado nas redes sociais como sendo o sócio da CPD é Christian Jesus Silva de Azevedo, auditor da Receita estadual do Rio Grande do Sul e professor de cursos preparatórios. Ele se apresentava no Facebook como Christian Azevedo, cujo sobrenome é igual ao do empresário. Christian Jesus prestou queixa à Polícia Civil por conta dos ataques, ameaças e ofensas que vem recebendo.

Sobre o trabalho prestado pela empresa da qual é sócio, Christian reforça que o trabalho não tem nada a ver com a apuração. Trata-se de uma rede de aceleração de sites, na qual se amplia a capacidade de acesso por parte dos usuários. O serviço contratado é conhecido por CDN (Content Distribution Network).

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