Delegação da Guiné-Bissau faz intercâmbio de conhecimento junto ao TSE
Delegação da Guiné-Bissau faz intercâmbio de conhecimento junto ao TSE
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Representantes da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau deram início nesta segunda-feira (14) a uma série de encontros e reuniões com dirigentes e técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A missão tem como objetivo estabelecer um intercâmbio de conhecimento com a Justiça Eleitoral brasileira.
No início da tarde a comitiva foi recebida pelo secretário-geral do Tribunal, Luciano Fuck, que se encarregou de dar as boas vindas aos visitantes. “Uma das nossas missões é estreitar relações com outros países, aprender com as experiências externas e ensinar também. Acho que o Brasil tem muito a colaborar com outros sistemas eleitorais”, afirmou.
O diretor administrativo e financeiro da CNE, Antônio Jau, disse que o Brasil sempre marcou presença positiva nas eleições da Guiné-Bissau. “De maneira que essa missão é fundamental, tem grande importância para nós como forma de aumentar os nossos conhecimentos através da troca de informações e experiências”, destacou.
Em seguida a comitiva do país africano conheceu o Plenário onde são realizadas as sessões jurisdicional e administrativa da Corte, os auditórios do TSE e também o Museu do Voto.
O dia terminou com a reunião das autoridades eleitorais estrangeiras com o diretor-geral do Tribunal, Maurício Melo, e com o secretário de Tecnologia da Informação, Giuseppe Janino. Em pauta, assuntos como o cadastro eleitoral e a segurança do processo eleitoral brasileiro.
“O TSE ajudou, em 2014, nas eleições de lá e eles agora vão ter que refazer todo o processo, todo o sistema [do cadastro eleitoral] novamente. Vamos auxiliar o máximo possível, inclusive com alguns Tribunais Regionais Eleitorais que possam ajudar, também, enviando técnicos para dar um auxilio a eles”, informou o diretor-geral do TSE.
Programação
Durante a visitação da comissão da Guiné-Bissau serão realizadas diversas apresentações sobre temas como o sistema eletrônico de votação brasileiro, boas práticas de gestão de materiais e almoxarifado, recrutamento e treinamento de mesários, modelo brasileiro de campanhas de educação eleitoral, procedimentos de estruturação de base de dados e recenseamento eleitoral, dentre outros.
No sábado (19), a delegação africana embarca para Manaus onde acompanhará de perto todas as etapas de preparação para o segundo turno das Eleições Suplementares 2017, a serem realizadas no dia 27 deste mês.
“Eles vão estar in loco [no local] vendo como é que é realizada uma eleição num estado difícil, complexo, como é o Amazonas, com todas as suas peculiaridades”, observou Luciano Fuck.
O secretário-geral do TSE ressaltou que a Justiça Eleitoral brasileira é uma referência mundial não só pela urna eletrônica, mas pela agilidade com que processa o resultado de uma eleição em um país de dimensões continentais, com mais de 145 milhões de eleitores.
“Os resultados que vão sair desta missão vão, significativamente, melhorar o nosso desempenho, aumentar o nosso conhecimento e consequentemente influenciar na credibilidade e transparência do processo que vem no futuro”, declarou Antônio Jau ao se referir às eleições legislativas que serão realizadas em 2018 na Guiné-Bissau.
JP/BB