Aviso de Pauta: autoridades discutem ações para coibir influência do crime organizado nas Eleições 2018

Nesta quarta-feira (25), autoridades se reunirão no TSE para discutir ações preventivas em relação a influência do crime organizado nas Eleições Gerais de 2018.

Nesta quarta-feira (25), autoridades se reunirão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para discutir ações preventivas em relação a influência do crime organizado nas Eleições Gerais de 2018. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, da Justiça, Torquato Jardim, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, serão recebidos pelo presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.

A preocupação surge a partir da garantia da Constituição Federal, que em seu artigo 14 determina que “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos”. O foco é combater o risco de traficantes, facções ou milícias exercerem qualquer tipo de coação junto aos eleitores para ampliar sua infiltração na política, bem como coibir que o crime organizado participe do financiamento das eleições.

“Já temos casos de países em que o crime financia as eleições, como o México. No Rio, temos o problema do tráfico, das milícias, que é notório. Para colocarmos urnas nas favelas precisamos de blindados da Marinha. Portanto, a liberdade do voto está fortemente ameaçada”, afirmou recentemente Gilmar Mendes ao destacar também casos de traficantes eleitos em São Paulo, no Maranhão e no Amazonas.

“Tudo isso é preocupante e não podemos querer que o quadro da política no Brasil, que já não é exemplar, se torne ainda pior”, enfatizou o presidente do TSE. A declaração ocorreu após reunião realizada no último dia 10 de outubro com o ministro da Defesa.

Na ocasião, Raul Jungmann declarou que a atuação do crime no período eleitoral é uma ameaça à democracia, por isso é tão importante criar um grupo de trabalho.“A presença do crime elegendo seus representantes no Rio de Janeiro gerou um estado paralelo. Lá existem 850 comunidades, onde aproximadamente um milhão de pessoas vivem sob o controle do tráfico. Além disso, esse estado paralelo é um estado que vai penetrando as instituições e leva o crime para o coração do Estado. Isso tem que ser combatido, sobretudo agora”, alertou.

O ministro da Defesa também sinalizou a necessidade de combater os crimes cibernéticos durante as eleições. “Como a nova legislação vai jogar muito peso eleitoral nas próximas eleições nas redes sociais, na internet, é fundamental contar também com um comitê que se preocupe com os crimes eleitorais cibernéticos”, disse.

Serviço:

Reunião sobre crime organizado nas Eleições de 2018

Local: gabinete da Presidência do TSE

Data: 25/10/2017

Horário: 9h30

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