O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes acompanhou, nesta quarta-feira (26) em Manaus, os preparativos da nova eleição para governador e vice-governador do Amazonas, que será realizada em 6 de agosto. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), o pleito custará até R$ 18 milhões, incluído o segundo turno, caso seja necessário.

Em 4 de maio, o Plenário do TSE cassou os mandatos do governador do Amazonas, José Melo (PROS), e de seu vice, José Henrique de Oliveira, por compra de votos na eleição de 2014.

Pela manhã, o ministro Gilmar Mendes se reuniu com o presidente do TRE amazonense, desembargador Yedo Simões. O presidente do TRE comunicou ao ministro que 95% dos trabalhos para a eleição já foram concluídos.

Coletiva

Em entrevista coletiva pela manhã no Centro de Divulgação das Eleições (CDE), na sede do Tribunal Regional, o presidente do TSE disse “que estamos muito satisfeitos” com o trabalho realizado pela Justiça Eleitoral no estado. Ele agradeceu e parabenizou a direção do TRE por essa atuação eficaz.    

“Estamos satisfeitos com esse trabalho. É um teste que estamos fazendo. Um experimento institucional, inclusive de aplicação de um modelo que a Justiça Eleitoral vinha valorando, que é a ideia de, em caso de cancelamento das eleições, fazer-se eleições diretas e não mais no modelo das eleições indiretas ou também no modelo do segundo lugar, que gerava tantos problemas. Uma decisão inicialmente tomada pela Justiça Eleitoral e depois referendada pelo próprio Congresso Nacional nessa minirreforma política. Podemos avaliar o bom preparo da Justiça Eleitoral, de sua burocracia, dos seus servidores e dos seus dirigentes com esse tipo de trabalho. Um verdadeiro mutirão institucional foi realizado com esse trabalho todo integrado e com as peculiaridades do estado do Amazonas - dimensão continental, dificuldade de deslocamento, logística especial. Tudo isso está sendo feito de maneira adequada", destacou o ministro Gilmar Mendes. Segundo o ministro, a Justiça Eleitoral é um “case” de sucesso e, é claro, a Justiça Eleitoral do Amazonas é um “case” de sucesso.

Na entrevista, o ministro enfatizou a necessidade de uma reforma político-eleitoral. “Nós temos insistido na mudança e no aperfeiçoamento do sistema eleitoral. Na diminuição do número de candidatos, na busca de uma fórmula adequada para o financiamento do sistema”, ponderou Gilmar Mendes, entre outras questões levantadas.

Após a coletiva, o ministro, acompanhado do presidente e vice do Regional Amazonense, visitou o depósito de urnas, onde teve a oportunidade de acompanhar o treinamento prático dos Operadores de Urnas (selecionados pelo Instituto Federal do Amazonas - IFAM) e dos mesários que irão trabalhar nas eleições.

O ministro Gilmar Mendes voltará ao Amazonas para acompanhar a eleição para governador e vice-governador do estado no dia 6 de agosto.

EM/TC