Eleição indireta

Embora no Brasil a tradição democrática já tenha feito eleger dezenove presidentes da República, por oito ocasiões, desde a proclamação da República, a 15 de novembro de 1889, já tivemos oito eleições indiretas.

Instalada a República, o Marechal Deodoro da Fonseca, líder do movimento militar republicano, assumiu provisoriamente a presidência da República e foi eleito presidente em eleição indireta, pelo Congresso, realizada em 25 de fevereiro de 1891, pela Assembléia Constituinte.

Malgrado os vícios e as fraudes eleitorais, características na 1ª República, se forma uma tradição democrática, caracterizada por eleições diretas, que só será quebrada em 1934, quando após o Governo Provisório promovido pela Revolução de 1930, o chefe do Poder Executivo, Getúlio Vargas, foi eleito, também por uma Assembléia Constituinte.

Foi, entretanto, no recente período da Ditadura Militar, iniciado em 1964, que as eleições indiretas tornaram-se uma prática.

Execradas durante todo aquele período, que se estendeu até 1985, foram realizadas seis eleições indiretas para presidente da República, sendo três pelo Congresso Nacional e três pelo Colégio Eleitoral, sendo que na última foi eleito um presidente civil, o deputado Tancredo Neves, que não tendo assumido em razão de seu falecimento, foi substituído pelo vice, José Sarney.

DATA ELEITO POR PERÍODO
ANO DIA-MÊS
1891 25.2 Manoel Deodoro da Fonseca Assembléia Constituinte 25.2.1891 a 23.11.1891
1934 17.6 Getúlio Dornelles Vargas Assembléia Constituinte 20.7.1934 a 10.11.1937
1964 11.4 Humberto de Alencar Castello Branco Congresso Nacional 15.4.1964 a 15.3.1967
1966 3.10 Arthur da Costa e Silva Congresso Nacional 15.3.1967 a 31.8.1969
1969 25.10 Emílio Garrastazu Médice Congresso Nacional 30.10.1969 a 15.3.1974
1974 15.1 Ernesto Geisel Colégio Eleitoral 15.3.1974 a 15.3.1979
1978 15.10 João Baptista de Oliveira Figueiredo Colégio Eleitoral 15.3.1979 a 15.3.1985
1985 15.1 Tancredo de Almeida Neves Colégio Eleitoral Não assumiu por motivo de seu falecimento.

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