Inclusão Sociopolítica em Tocantins expõe a comunidades indígenas processo eleitoral

Workshop sobre Inclusão Sociopolítica das Comunidades Indígenas do Tocantins teve participação de 34 caciques, representando oito etnias do estado

Workshop sobre Inclusão Sociopolítica das Comunidades Indígenas do Tocantins

A Justiça Eleitoral do Tocantins encerrou na sexta-feira (16) o Workshop sobre Inclusão Sociopolítica das Comunidades Indígenas do Tocantins, com a participação de 34 caciques, representando oito etnias do Tocantins. O presidente do TRE-TO, desembargador Marco Villas Boas, ao finalizar o evento, destacou a importância do debate dos temas: Segurança nas Eleições, Representação Política e Diálogos Interculturais.

“Queremos criar esse ambiente de participação para que todos possam falar e discutir seus problemas e possam também reivindicar seus direitos e cumprir os seus deveres. Tivemos aqui a oportunidade de compreender melhor cada  cultura. Agradeço a toda a equipe que contribuiu para a construção desse projeto”, destacou o presidente do TRE-TO.

O fechamento do projeto também contou com a participação do ex-presidente do Regional do Paraná, desembargador Edson Vidal. “Me sinto gratificado. Esse é o primeiro degrau para a efetiva aproximação. As culturas podem ser diferentes, mas o diálogo nos unes para o fortalecimento do processo eleitoral”, disse. 

Os participantes trouxeram ao conhecimento da Justiça Eleitoral suas percepções sobre a inserção dos povos indígenas no contexto social, democrático e político através de rodas de conversa e debates com mestres, doutores, juízes e servidores da Justiça Eleitoral, durante oficinas que aconteceram na manhã de sexta-feira.

“Meu pai e meu avô não sabiam o que era política e não podiam votar, pois não eram alfabetizados e assinavam com o dedão. Quando a urna chegou na Aldeia pela primeira vez todos ficaram assustados, os idosos e as crianças principalmente. Mas  agora ficamos felizes porque todos nós podemos votar. Não conhecíamos a política e esse é o primeiro espaço que tivemos para aprender sobre a política”, conta o indígena Cornélio Krahô, da Aldeia Santa Cruz.

O coordenador do projeto, juiz eleitoral da 13° Zona Eleitoral de Cristalândia, Wellington Magalhães, resumiu como o evento foi realizado. “Cada uma das oficinas chegou ao final com três propostas de ação, no campo da segurança, da representação política e no campo do diálogo intercultural. Nós copilamos todas as propostas que foram apresentadas e concluídas a partir da oitiva atenta das comunidades indígenas. Essas propostas foram então encaminhadas à presidência do TRE-TO, que promoverá um plano de ação, norteando ações para a efetiva cidadania dos povos indígenas”, ressaltou.

Um plano de ação para atender as demandas das comunidades indígenas será desenvolvido. A confecção de uma cartilha em português e línguas indígenas com as principais propostas de cada eixo temático, informações sobre o funcionamento do processo eleitoral, os direitos dos povos indígenas e o que são considerados crimes eleitorais, e a capacitação de indígenas para trabalhar como voluntários no processo eleitoral estão entre as propostas definidas.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRE-TO

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