O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai disponibilizar um espaço exclusivo e com total estrutura para os quatro investigadores individuais e os dos três grupos que participarão do Teste Público de Segurança 2017 do Sistema Eletrônico de Votação de 28 a 30 de novembro. O TPS ocorrerá sempre das 9h às 18h, com entrada controlada e ambiente monitorado por câmeras, no 3º andar do edifício-sede da Corte Eleitoral, em Brasília.

No espaço do TPS, os investigadores contarão com ferramentas e equipamentos que poderão utilizar pata tentar encontrar fragilidades no sistema eletrônico de votação. No TPS, os investigadores selecionados apresentam e executam planos de ataque aos componentes internos e externos do sistema eletrônico de votação – como aqueles utilizados para a geração de mídias –, apuração, transmissão e recebimento de arquivos, lacrados em cerimônia pública, incluindo o hardware da urna e seus softwares embarcados. Para o Teste Público, o TSE fornecerá o acesso ao código-fonte do sistema, primeiro passo para entrar na tecnologia do sistema.

Os planos de testes de invasão dos programas da urna eletrônica e sistemas correlatos foram apresentados pelos investigadores e aprovados pela Comissão Reguladora do evento. O Plano de Teste consiste no detalhamento do “ataque” que se pretende simular, embasado em normas, artigos, publicações e outros trabalhos técnicos e científicos. As propostas, que serão executadas durante os três dias de evento, buscam quebrar o sigilo do voto e/ou fraudar a destinação dos votos digitados na urna. 

Além do mobiliário (mesas e cadeiras) e das ferramentas requisitadas, investigadores individuais e de grupos contarão com urnas eletrônicas modelo 2015, computadores (que não estarão conectados à Internet), impressoras e materiais que possam contribuir na execução dos planos de testes propostos pelos participantes do TPS 2017. No caso, materiais como chaves de fenda, canetas, resmas de papel, multímetro digital (à medida que forem solicitados pelo investigador), entre outros. Durante os dias do Teste Público de Segurança, técnicos da Justiça Eleitoral auxiliarão os investigadores.

A primeira edição do TPS ocorreu em 2009; a segunda, em 2012; e a terceira, em 2016. As contribuições de melhoria apresentadas nos três primeiros testes foram incorporadas ao sistema logo após. Desde 2016, o Teste Público de Segurança é parte obrigatória do ciclo de desenvolvimento dos sistemas eleitorais de votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.

EM/RC