Em aula magna no Senado, ministra Edilene Lôbo defende igualdade e equidade na sociedade brasileira

Ministra do TSE também defendeu a necessidade de orçamento público para viabilizar políticas em favor das mulheres negras

Ministra Edilene Lôbo - Abertura e aula Magna - Pós-Graduação Lato Sensu em Poder Legislativo e ...

Em aula magna no Senado Federal para a abertura da Pós-Graduação Lato Sensu em Poder Legislativo e Direito Parlamentar, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lôbo defendeu os princípios da igualdade e da equidade na sociedade brasileira, além de reiterar a necessidade de garantia de orçamento público para viabilizar políticas em favor das mulheres negras no Brasil.

Veja reportagem no canal do TSE no YouTube.

“É nos espaços decisórios da estrutura pública que mulheres negras precisam estar presentes, porque são o maior contingente da população brasileira e as maiores violentadas em todos os direitos possíveis. Política pública em favor das mulheres é demagogia sem orçamento público”, frisou a ministra no evento, como convidada.

Edilene defendeu que resgatar o princípio da igualdade é falar de um princípio emancipador, num contexto em que o país precisa tratar a equidade como justa ocupação dos espaços decisórios pela diversidade da sociedade brasileira.

“O maior contingente de empregadas domésticas do mundo é o Brasil, sendo 65% mulheres negras, que são atravessadas por todo tipo de violência: a violência física, a ausência de empregos decentes, a impossibilidade de aspirar a estar num lugar como este, falando em inovação”, exemplificou, ressaltando, também, a baixa presença de mulheres no segmento de inovação.

Violência política de gênero

A ministra ainda reiterou que a violência política de gênero é agravada pelo racismo, dentro de uma conjuntura nacional em que o “insistente descumprimento” da lei de cotas para registro de candidaturas femininas é reconhecido em decisões frequentes do TSE. Nesse ambiente, ela também considerou premente jogar luz sobre as milícias digitais e demonstrou preocupação com o que denominou de “indústria da desinformação”, que tem como matéria-prima o “discurso de ódio”.

“O discurso de ódio atinge não só as mulheres negras, mas todos os grupos minorizados deste país. Precisamos juntar forças de todos os organismos de Estado e da sociedade para enfrentar a desinformação, que tem essa pretensão de gerar caos, de coagir, de excluir para a captura de poder por pequenos grupos”, salientou.

RS/LC, DM

 

 

 

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