Tribunal Superior Eleitoral inaugura novo Museu
Em seu último dia como presidente do TSE, o ministro Ricardo Lewandowski participou na noite desta terça-feira (17) da inauguração do novo Museu do Tribunal.

Em seu último dia como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Ricardo Lewandowski participou na noite desta terça-feira (17) da inauguração do novo Museu do Tribunal, onde, até dezembro deste ano, estará montada a exposição “Inauguração da Nova Sede do TSE: Uma Visão Museal”.
Após descerrar a fita de inauguração do Museu com a ajuda da secretária de Gestão da Informação, Cláudia Alves, o ministro e sua esposa, Yara de Abreu Lewandowski, visitaram as duas salas da exposição acompanhados de alguns servidores da Seção de Acervos Especiais, que falaram sobre os artefatos expostos.
Em seguida, o ministro Ricardo Lewandowski agradeceu a oportunidade de inaugurar o Museu no último dia de seu mandato como presidente do TSE e lembrou a importância deste para o progresso da história do Brasil e para “enraizar a democracia”. O ministro despediu-se dizendo que “um país que não cultiva o seu passado, com certeza não tem futuro”.
Por quê comemorar 1932?
Antes da inauguração do novo Museu, a Secretaria de Gestão da Informação (SGI) promoveu a palestra “Por que comemorar 1932?”, ministrada pela servidora e historiadora Ane Cajado, da Seção de Acervos Especiais, que falou um pouco sobre o Museu e ressaltou que os dois anos de envolvimento da equipe com o projeto foram de “trabalho árduo”.
A historiadora explicou que o novo Museu será institucionalizado e regulamentado, ao contrário do Centro de Memória da Justiça Eleitoral, que foi de grande importância para difundir a memória do Tribunal, em especial, por meio de vários projetos educacionais realizados nos últimos anos pela Seção.
Segundo Ane, a representatividade será um dos pontos importantes do novo Museu. “Será formado um Comitê Consultivo e todas as áreas do TSE estarão representadas”, afirmou. A ideia é que também os tribunais regionais eleitorais estejam integrados nesse projeto.
Em sua apresentação, Ane lembrou que a Justiça Eleitoral teve dois nascimentos. “O primeiro, em 1932, e depois a sua recriação, em 1945”, disse. E colocou a questão: qual data deve ser comemorada? Para Ane, quem acha que 1932 não deve ser comemorado é porque pensa que em 1937 a Justiça Eleitoral deixou de existir. “No entanto, devemos ver 1932 a partir de 1932. E não em contraposição ao que veio antes ou depois”, explicou.
É importante, de acordo com ela, tentar se aproximar do olhar que os antepassados tinham e da indeterminação que eles viviam para compreender a importância da data. “Eles não esperavam que haveria o golpe e a Justiça Eleitoral acabaria”, disse.
Exposição
A exposição “Inauguração da Nova Sede do TSE: Uma Visão Museal”, a primeira do novo Museu do TSE, integra as ações comemorativas dos 80 anos da Justiça Eleitoral. O Museu do Tribunal propôs a realização de uma exposição com duas instalações artísticas: Pilares da Democracia e Memória Móvel.
Em Pilares da Democracia, a curadoria procurou evidenciar, por núcleos expositivos, as fases de construção, de acabamento e de mudança com objetos representativos de cada época, levando em conta os olhares dos agentes de cada etapa, autoridades, trabalhadores da construção e servidores.
Já na sala Memória Móvel, está exposto o mobiliário do antigo gabinete da Presidência do TSE, com o intuito de humanizar o espaço, serão exibidas fotos dos acontecimentos e das personalidades, ainda na década de 1940, quando a sede estava instalada no Rio de Janeiro-RJ.
A exposição ficará aberta ao público até 19 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. A entrada é gratuita.
AP/SP
Leia mais:
17/04/2012 - TSE lança hotsite em comemoração aos 80 anos da Justiça Eleitoral