Ambiente do TPS 2016 é preparado para garantir a tranquila execução dos planos de teste

2º dia de Teste Público de Segurança

Para realizar o Teste Público de Segurança 2016 (TPS), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou aos investigadores uma estrutura completa, com ferramentas para facilitar a pesquisa na busca de possíveis fragilidades do sistema eletrônico de votação. O Teste, que chega à etapa final nesta quinta-feira (10), recebeu 13 investigadores que apresentaram suas propostas de ataque previamente e estão colocando em prática seus planos.

Os testes estão sendo executados no 3°andar do edifício-sede do TSE, em Brasília. O espaço foi preparado exclusivamente para o evento, com entrada controlada e ambiente monitorado por câmeras. Os investigadores têm acesso aos componentes internos e externos do sistema eletrônico de votação, como aqueles utilizados para a geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos, lacrados em cerimônia pública, incluindo o hardware da urna e seus softwares embarcados. Além disso, o TSE concede acesso ao código-fonte do sistema, um primeiro passo para adentrar o sistema.

Cada equipe tem à disposição computadores e a quantidade de urnas solicitadas, bem como acesso a eventuais informações e ferramentas solicitadas. Nesta edição do Teste, o TSE disponibilizou diversos materiais e equipamentos para auxiliar na execução de toda e qualquer ação prevista nos planos de testes elaborados pelos participantes, até mesmo ferramentas manuais, como alicate, chaves de fenda e Philips e multímetro digital, além de folhas de papel em branco, canetas esferográficas, mesas, cadeiras, microcomputadores (que não poderão ser conectados à internet), impressoras e urnas eletrônicas modelo 2013. Os investigadores têm ainda o auxílio de técnicos da Justiça Eleitoral.

Mauro Leonardo Cunha, representante do Congresso Nacional na Comissão Avaliadora do TPS, comenta sobre a estrutura. “Foi absolutamente bem construída, uma estrutura de segurança em Informática, com normas de gestão de acesso. O Teste é um sucesso, a semente foi plantada e eu espero que essa árvore possa dar muito frutos para a democracia brasileira”, ressalta.

Outro integrante da Comissão, doutor em Engenharia Eletrônica pelo ITA, Jamil Salem Barbar participa pela segunda vez do evento, tendo estado na segunda edição, em 2012. Ele lembrou que o ambiente é todo “facilitado” para os investigadores, justamente porque o objetivo do Teste é receber o maior número de contribuições possíveis para o aperfeiçoamento do sistema. “Numa situação real, isso que está acontecendo aqui é praticamente impossível de acontecer”, diz.

A juíza auxiliar da Vice-Presidência do TSE Ana Aguiar, que também integra a Comissão Avaliadora do TPS, destaca que o TPS tem dois objetivos. Segundo ela, o primeiro é dar maior transparência ao sistema eletrônico de votação, permitindo que pessoas de fora ingressem no Tribunal para conhecer o funcionamento do sistema, recebendo, inclusive, explicações dos técnicos da Justiça Eleitoral. O outro objetivo, em sua opinião, é a contribuição de pessoas altamente qualificadas para o aprimoramento do sistema.

Comunidade

Joelson Gabriel, advogado atuante no ramo do Direito Eleitoral, que também dá cursos para fiscais de seções, está acompanhando esta edição do Teste e elogia a iniciativa do Tribunal de abrir suas portas para a comunidade externa. Por já ter acompanhado, em eleições anteriores, a geração das mídias da urna eletrônica antes do pleito, ele diz que teve interesse também em conhecer o Teste, uma vez que o sistema é colocado à prova e pode ser levantado algum questionamento sobre a inviolabilidade da urna.

“No momento em que surgiu a oportunidade de essas equipes participarem do teste, também decidi vir, apesar de não ser da área da Tecnologia da Informação. Fiquei curioso para saber se há algum ponto do sistema que pode ser violado, para passar nos meus cursos, quando eu preparo os fiscais de seção. Acho louvável a iniciativa do TSE de abrir o sistema para essas equipes de investigadores analisarem eventuais vulnerabilidades da urna”, completa.

RC,LC

 

 

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