Representante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o professor Jéferson Campos Nobre fez um balanço extremamente positivo da jornada de trabalho no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para conhecer e inspecionar os códigos-fonte da urna eletrônica e dos programas que integram o sistema eletrônico de votação que serão utilizados nas Eleições Gerais de 2022.

“Foram dias de muito aprendizado com as equipes de profissionais especializados no desenvolvimento e operação dos sistemas relacionados ao processo eletrônico de votação. Agora, é voltar e disseminar todo o conhecimento adquirido e que atesta a confiabilidade e a segurança do sistema”, afirmou.

Durante três dias, Jéferson Nobre conheceu em detalhes o funcionamento do sistema eletrônico de votação, desde a criação da urna eletrônica, a evolução e a segurança do processo, até a votação, a apuração e a totalização dos votos, incluindo a inspeção dos códigos-fonte da urna e de todos os demais programas envolvidos.

A programação da visita ao TSE começou na segunda-feira (21) na estação de trabalho preparada para disponibilizar dados contidos nos códigos-fonte dos principais sistemas eleitorais, e terminou nesta quarta-feira, com uma apresentação sobre o JE Connect, ferramenta que viabiliza a transmissão do Boletim de Urna por uma rede privada segura e exclusiva.

Acompanhado por Daniel Wobeto, secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), Jéferson Nobre ouviu exposições do coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE, José Melo, do chefe da Seção de Voto Informatizado da Corte, Rodrigo Coimbra, do chefe da Seção de Totalização e Divulgação de Resultados, Alberto Cavalcante, e do coordenador de Tecnologia Eleitoral do Tribunal, Rafael Azevedo.

Workshop

Jéferson Nobre informou que a Universidade produzirá documentos para que o sistema de votação eletrônico venha a ser compreendido por um número maior de pessoas, e que já está articulando um workshop para divulgar as informações a outras universidades e demais entidades que queiram agregar conhecimento.

Ele reiterou que o foco do trabalho foi conhecer com mais detalhes a segurança do sistema eletrônico de votação e, a partir daí, colaborar, como ente da sociedade, para que o processo de votação brasileiro seja cada vez mais conhecido e para que mais pessoas possam participar, por exemplo, do Teste Público de Segurança ou inspecionar os códigos-fonte.

Essa é justamente a finalidade da Justiça Eleitoral ao abrir as portas do TSE para que representantes de instituições possam fazer a inspeção dos códigos-fonte dos sistemas eleitorais. “Essas pessoas é que podem avaliar o trabalho feito, verificar se existe alguma falha e nos informar para que a gente possa, eventualmente, progredir e melhorar continuamente o processo. Esse é um objetivo da Justiça Eleitoral: de cada vez ser mais transparente e se abrir mais para a comunidade científica”, reitera José Melo.

Abertura dos códigos

A abertura dos códigos-fonte da urna eletrônica e de todos os programas do sistema eletrônico de votação reforça, ainda mais, a transparência do processo eleitoral e é um evento obrigatório realizado pelo TSE antes de cada pleito. Para as Eleições Gerais de 2022, o Tribunal promoveu a abertura dos códigos no começo de outubro passado, portanto, um ano antes das eleições.

Os códigos-fonte podem ser inspecionados por representantes técnicos dos partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), das Forças Armadas, da Polícia Federal e de universidades, entre outras instituições.

MC/LC, DM

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