Mulheres indígenas debatem papel de destaque das integrantes dos povos originários na sociedade brasileira

Evento promovido pelo MPF contou com a participação da assessora de Inclusão e Diversidade do TSE, Samara Pataxó

Debate: Mulheres indígenas - 15.03.2023

A assessora de Inclusão e Diversidade do Tribunal Superior Eleitoral (AID/TSE), Samara Pataxó, destacou nesta quarta-feira (15) que a presença indígena nas mais diversas áreas da sociedade brasileira ajuda a ampliar e a fortalecer a imagem dos povos originários como atores importantes para o desenvolvimento da democracia brasileira. Samara participou do ciclo de debates “Mulheres indígenas – nossas histórias, nossos direitos, nossas lutas”, realizado por meio de videoconferência, e promovido pelo Ministério Público Federal (MPF).

Além da assessora do TSE, participaram do encontro a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e ex-deputada federal, Joenia Wapichana, e a procuradora do MPF Paraná/Santa Catarina Analúcia Hartmann, que mediou o debate e ressaltou a importância de trazer a debate público as atividades desenvolvidas por profissionais indígenas brasileiras.

As notáveis mulheres indígenas convidadas apresentaram as respectivas trajetórias de vida, até alcançarem voz nas áreas em que hoje assumem protagonismo. Elas apontaram os desafios desse público e falaram sobre as expectativas quanto à ocupação de posições de destaque na sociedade por parte de outras mulheres no atual cenário nacional.

Para Joenia, o caminho percorrido pelos povos indígenas, sobretudo pela mulher indígena, é mais tortuoso, embora envolva o acesso a políticas públicas e o incentivo a uma maior atuação nos mais diversos setores dos estados e municípios. “Queremos que nossas ‘tuxauas’ [lideranças indígenas] estejam presentes em diversas áreas da sociedade, lutando sempre com orgulho de dizer quem são e de onde são, com o objetivo de levar seus valores onde quer que estejam atuando”, ressaltou.

Samara Pataxó, que é doutoranda em Direito pela Universidade de Brasília, reforçou que todas as mulheres indígenas que atingiram papel de destaque devem ter compromisso com as novas gerações, preparando-se para ocupar esses novos espaços. Ela recordou sua atuação como advogada, quando lidou com ações importantes para os povos originários, um dos fatores que possibilitaram a ela assumir o cargo de primeira assessora indígena no TSE.

“Fui preparada para ser a voz dos povos indígenas por onde atuo. A presença atualmente no TSE ajuda na ampliação de ações que possam fortalecer não só a participação política dos indígenas brasileiros, mas também de grupos com pessoas negras, LGBTI, deficientes físicos e mulheres”, afirmou.

Ações efetivas

Samara Pataxó destacou que a presença de uma assessoria indígena na Corte Eleitoral já gerou frutos, como a ampliação dos debates acerca das iniciativas de inclusão e diversidade e a atualização no cadastro eleitoral brasileiro que, desde o ano passado, conta com novos campos de identificação dos eleitores em relação à etnia e a língua falada originalmente.

Assista ao debate com as mulheres indígenas.

TP/LC, DM

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