Estudantes do IFB São Sebastião (DF) visitam o TSE e vivenciam experiência única
O grupo de 32 adolescentes visitou o Museu e ouviu relatos sobre o processo eleitoral brasileiro e como os jovens de 16 e 17 anos passaram a poder votar

Um grupo de 32 estudantes, de 14 a 17 anos, do 1º ano do ensino médio do Instituto Federal de Brasília (IFB) Campus São Sebastião viveu, nesta terça-feira (2), uma experiência repleta de novidades e experiências únicas ao visitar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esses jovens são os eleitores do futuro e muitos deles, se quiserem, poderão votar nas Eleições de 2026, pois a votação é facultativa para quem tem 16 e 17 anos.
A visita integrou o Programa Educativo do Museu do Voto, iniciativa que aproxima jovens da história política do país, do funcionamento da Justiça Eleitoral e da importância do exercício consciente da cidadania. Inicialmente, o grupo iniciou o percurso pelo foyer do edifício-sede, onde conheceu a linha do tempo com marcos da evolução do voto no Brasil. Em seguida, os estudantes foram ao Museu do Voto. Eles puderam esclarecer dúvidas sobre eleições, urnas eletrônicas e participação política.
Debate sobre fake news
Os estudantes analisaram um caso real de desinformação divulgado na mídia e conversaram sobre os impactos das notícias falsas, chamadas de fake news, bem como sobre a confiança das pessoas no processo democrático.
Para tornar o aprendizado mais concreto, a equipe do Museu do Voto propôs a dinâmica do telefone sem fio, que ilustra como uma informação simples se distorce ao longo do caminho.
A experiência arrancou risadas, mas também provocou reflexões profundas. Ao final da atividade, muitos reconheceram como a lógica da desinformação se replica no dia a dia.
Opinião dos jovens
Para Matheus Ministro de Jesus, de 15 anos, a forma didática como a história do voto foi apresentada fez toda a diferença. “Fiquei bem feliz com a explicação, consegui absorver tudo. E hoje aprendi que não vou vender meu voto”, brincou.
Joice Santos Gomes, de 14 anos, destacou o quanto o conteúdo dialoga com a vida escolar: “Gostei bastante porque, além de estimular a cidadania, foi muito informativo. O que vimos aqui pode ajudar muito no vestibular. A dinâmica do telefone sem fio mostrou exatamente como as fake news funcionam: começam de um jeito e terminam de outro”.
Ane Emanuele Messias, de 15 anos, ficou encantada com a história da jovem Renata Cristina Rabelo Gomes. Nos anos de 1990, a estudante escreveu uma carta para o então presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence. Nela, dizia que completaria 16 anos e que sonhava em votar. A revelação foi responsável pelo processo de debate para permitir o voto facultativo aos jovens. “Achei muito revolucionário. Por causa dela, a gente agora pode escolher se quer votar aos 16 anos”, contou.
Importância da vivência para a formação cidadã
Para a professora Gisele Abdon, que leciona Informática há oito anos, levar estudantes ao TSE neste momento da formação é essencial: “Como trabalhamos diretamente com o ensino médio, é muito importante trazê-los nessa fase inicial. Eles estão começando a entender a vida em sociedade, a cidadania, os direitos e os deveres que têm”.
Ao final da visita, os alunos reforçaram a importância de conhecer de perto a Justiça Eleitoral e compreender os mecanismos que protegem a democracia brasileira. A atividade fez parte da agenda contínua do Museu do Voto, que segue recebendo instituições de ensino interessadas em dialogar sobre cidadania, direitos políticos e informação de qualidade.
LP/DB

ENG
ESP
