#ParticipaMulher: ações conjuntas podem ampliar a representação feminina nos espaços de poder

Painel do seminário realizado pelo TSE debateu como avançar a representatividade das mulheres, observadas as interseccionalidades

Seminário #ParticipaMulher – Por uma Cidadania Plena em 27.04.2022

A segunda parte do Seminário #ParticipaMulher – Por uma Cidadania Plena, realizada na tarde desta quarta-feira (27), foi iniciada com o a indagação: “Como avançar a representatividade das mulheres, observadas as interseccionalidades?”. O evento acontece na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode ser acompanhado pelo canal da Corte no YouTube.

O termo interseccionalidade, que norteou as apresentações, caracteriza-se como um conjunto de iniciativas para melhor compreensão das desigualdades e ações discriminatórias existentes, sobretudo nas relações sociais de raça, gênero e classe social.

A mesa de debates sobre a temática foi coordenada pela ex-ministra do TSE Luciana Lóssio. Ela destacou a importância do evento, que reúne personalidades femininas de destaque no cenário nacional, reforçando a união de forças para ampliar a participação de mulheres nas diversas esferas políticas do país.

Para a vereadora negra, transgênero e uma das mais votadas da cidade de São Paulo, Erika Hilton, a sociedade deve trabalhar para aumentar a representação de gênero nos espaços públicos de poder como uma forma de avançar na democracia brasileira. “Esse deve ter como prioridade olhar para o básico, que é o direito à vida, à escolaridade, à cultura e à alimentação. Só dessa forma a mulher poderá ter condições de se desenvolver com direito à cidadania plena para a busca de seus espaços”, enfatizou.

Mais representação

A primeira mulher indígena eleita para o Congresso Nacional, deputada Joênia Wapichana, completou a fala da colega parlamentar, destacando que mulheres que nunca tiveram a representatividade reconhecida – entre indígenas, trans, negras, pobres – representam um “avanço democrático com um simbolismo necessário, que rompe barreiras”.

Finalizando as falas, a primeira desembargadora presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), Iris Helena Medeiros Nogueira, lembrou que não só no campo político há baixa representatividade feminina. Segundo ela, no cenário das Cortes Judiciárias do Brasil, essa pouca participação de mulheres no topo dos cargos é significativa: apenas cinco mulheres presidem TJs, entre os 27 tribunais brasileiros.

A desembargadora lembrou que, tanto o Judiciário, como as demais áreas devem priorizar a promoção da diversidade. “É o momento de passar do choro e desgosto para a ação e transformação. A busca efetiva da democracia é uma luta conjunta e da qual não se deve excluir os homens, mas agir com paridade e igualdade”, completou.

Reflexões

Os debates do seminário, promovido pelo TSE, continuam até o final do dia, quando a professora da Universidade de Brasília (UnB) Flávia Biroli fará a conferência “90 anos do voto feminino”. A ministra Maria Claudia Bucchianeri encerrará o encontro.

Confira a programação completa.

Acompanhe pelo canal do TSE no Youtube.

TP/LC, DM

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