Ministro Admar Gonzaga participa das eleições primárias na Argentina
Ministro Admar Gonzaga participa das eleições primárias na Argentina

O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral, estará na Argentina, entre os dias 11 e 13 de agosto, para participar do Programa de Visitantes Internacionais para as Eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO) daquele país. O encontro foi organizado por duas instituições argentinas: a Câmara Nacional Eleitoral e a Direção Nacional Eleitoral.
As PASO acontecem no próximo domingo (13). Nestas eleições, serão escolhidos 127 dos 257 membros da Câmara de Deputados e 24 dos 72 membros para o Senado. Como são primárias, as PASO são uma forma de os eleitores escolherem quem encabeçará cada lista e podem ser utilizadas para a disputa interna nas eleições legislativas, que serão realizadas no dia 22 de outubro.
O ministro Admar Gonzaga, nos dois primeiros dias, fará visita à Câmara Nacional Eleitoral e à Direção Nacional Eleitoral, mantendo encontros com analistas políticos, meios de comunicação e partidos políticos argentinos. Ele também conhecerá o sistema de contagem de votos. No dia das eleições, o ministro acompanhará a abertura e o encerramento da jornada eleitoral e visitará centros de votação e o Centro de Divulgação de Resultados.
Contagem de votos
Na Argentina, somente a cidade de Buenos Aires e a província de Salta, polo turístico no país, adotam o sistema de votação eletrônico. Mas a eleição para presidente, em outubro, será com voto exclusivamente em papel.
Sem dispor de urnas eletrônicas em todo o país, as eleições primárias na Argentina tem uma contagem de votos um pouco lenta. Cada partido imprime sua própria boleta e coloca à disposição do eleitor nas seções eleitorais. Essas cédulas, então, são contadas uma a uma por servidores eleitorais.
O Poder Legislativo na Argentina é formado por um Congresso composto de duas Câmaras, como no Brasil, sendo uma de deputados e outra de senadores. A Câmara dos Deputados tem 257 membros, que são eleitos para um período de quatro anos, por meio de um sistema de representação por lista, os quais se renovam em metade a cada dois anos, podendo ser reeleitos. Os senadores, de 25 distritos, representam politicamente as vinte e quatro províncias do país, todas elas em iguais condições, e a cidade de Buenos Aires. Cada província, como define a Constituição argentina, é representada por três senadores. Dois deles correspondem ao maior partido político e um corresponde ao partido que obtém o segundo lugar nas eleições. São eleitos para um mandato de seis anos, os quais se renovam em um terço a cada dois anos, e podem ser reeleitos.
A responsabilidade pela confecção e distribuição das cédulas é inteiramente dos partidos, que as deixam na seção eleitoral à disposição dos eleitores. Qualquer eleitor que entra na sessão tem acesso a todas as células, que não são controladas por nenhum fiscal ou mesário.
As listas são ordenadas pelos partidos e encabeçadas pelos políticos mais conhecidos, os que puxam os votos para os candidatos das listas. São múltiplas listas dentro de um mesmo partido porque há diferentes coligações nacionais, provinciais (estaduais) e municipais. Muitas vezes, quem está votando guiado pelos nomes dos primeiros das listas não consegue saber bem em quem realmente está votando.
BB/CM