TSE busca garantir o voto dos eleitores também em localidades remotas do país

Brasil é conhecido pela segurança e rapidez com que apura o resultado das urnas

TRE-TO-Exército-Indígenas

Em um país com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, realizar eleições informatizadas com segurança e transparência é um desafio vencido pela Justiça Eleitoral a cada dois anos, com investimentos em tecnologia e capacitação de pessoal. Prova do sucesso está no fato de os votos colhidos em lugares extremos chegarem cada vez mais rápidos para processamento no Datacenter do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quando a seção eleitoral encerra o atendimento ao público, a urna emite um boletim com todos os votos recebidos. O resultado também é gravado em um pen drive. Os dados armazenados no dispositivo entram na rede do Tribunal Regional Eleitoral e daí são enviados até o TSE, por uma via própria da Justiça Eleitoral.

Uma das razões do sucesso na apuração dos votos está no JE Connect, sistema desenvolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins (TRE-TO), em 2008, e que se tornou ferramenta padrão da Justiça Eleitoral. Ele é a garantia de uma rápida e segura apuração e divulgação total dos votos, que podem ser enviados a partir de qualquer computador conectado ao Tribunal Eleitoral em rede Virtual Private Network (VPN).

No primeiro turno deste ano, 2.202 municípios utilizaram a ferramenta. Com isso, 70.946 seções enviaram os resultados pela JE Connect. Sem internet por cabo ou fibra ótica, a transmissão via rádio está por trás das remessas sem atrasos, de localidades remotas aos centros de totalização. Em reservas indígenas, comunidades quilombolas, assentamentos da reforma agrária e vilarejos, para onde se vai ou se volta cumprindo verdadeiras maratonas, o JE Connect é certeza de sucesso.

Via satélite

Os meios de transmissão de dados disponíveis nas seções eleitorais também ocorrem por meio do sistema SMSat. Com ele, a Justiça Eleitoral, que antes precisava de vários dias para totalizar a eleição, agora obtém o resultado em menos de cinco minutos. As antenas de satélite têm conexão a microcomputadores mediante cabo e telefone, sendo utilizadas também para que os técnicos da Justiça Eleitoral se comuniquem com as bases ao longo do trajeto.

A segurança nesse tipo de transmissão está na criptografia e na assinatura digital, para que não exista possibilidade de modificação de dados. Após a transmissão, os registros são conferidos com os boletins de urna, que são impressos antes da transmissão. As antenas de satélite estão à disposição dos TREs para uso em centenas de municípios, em diversos estados. Cada órgão regional eleitoral fixa o número de equipamentos, de acordo com as suas necessidades.

Este ano, foram mais de 1,4 mil pontos de transmissão via satélite. Os equipamentos foram solicitados por 17 TREs. De posse do equipamento de transmissão e de um laptop, as seções eleitorais que ficam em localidades remotas conseguem transmitir os resultados registrados nas urnas eletrônicas rapidamente.

As antenas pesam menos de dois quilos e têm tamanho aproximado de um notebook, para que possam ser facilmente transportadas em meio à Floresta Amazônica. Quando ligadas, comunicam-se com satélite Inmarsat/MVS a 35 mil quilômetros de altura sobre o Oceano Índico.

Os votos computados pela urna são enviados via satélite para o TRE respectivo e, a partir daí, os dados entrarão em uma rede de comunicação de uso restrito – com criptografia que garante a segurança dos dados transmitidos –, serão recebidos e totalizados. A Justiça Eleitoral então faz um check-list e totaliza os resultados para posterior divulgação.

RH/LC, DM

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