Robôs vão dinamizar a prestação jurisdicional no TRE da Bahia

Sistema Janus une automação processual e Inteligência Artificial desde o primeiro grau de jurisdição

Inteligência artificial

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) está dinamizando sua prestação jurisdicional por meio da automação processual e do uso da Inteligência Artificial. Esse movimento de transformação digital iniciado pelo Regional baiano tem nome e sobrenome: Sistema Janus.  

Com o apoio de robôs, o novo sistema será usado inicialmente na prestação de contas eleitorais, com abrangência em todas as zonas eleitorais do estado, fazendo do Regional o primeiro tribunal eleitoral a aplicar essa tecnologia no primeiro grau de jurisdição.

Os robôs – Robot Process Automation (RPA) ou “automação de processos robóticos”, em português – são bots usados para executar tarefas repetitivas antes realizadas por pessoas. Eles funcionam ininterruptamente e podem diminuir em até 40% as tarefas humanas, eliminando erros nos processos. 

Além do Janus – nome do deus romano das mudanças e transições –, o tribunal baiano criou um Comitê Estratégico de Inovação e Organização da Prestação Jurisdicional e um Núcleo de Automação e Inteligência Artificial. O Comitê vai elencar as demandas de automação processual do TRE-BA. Já o Núcleo será o responsável pelo desenvolvimento dessas soluções. 

“São compromissos que firmei ao assumir a função de presidente deste Tribunal, de desburocratizar os serviços e de usar a tecnologia em boas práticas, a fim, especialmente, de dinamizar a entrega da prestação jurisdicional”, afirma o presidente do TRE-BA, desembargador Roberto Maynard Frank. 

Sistemas

O Janus funciona atrelado ao sistema Sinapses do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que identifica processos judiciais semelhantes usando Inteligência Artificial. O Regional baiano incorporou o Sinapses e desenvolveu um robô para baixar documentos diretamente do Processo Judicial Eletrônico (PJe) das zonas eleitorais e apontar soluções idênticas.

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-BA, André Cavalcante, o Janus funciona em duas etapas. Primeiro, o robô faz toda a parte operacional no PJe, buscando peças específicas no processo. Ao baixar essas peças, o bot consulta o Sinapses, seleciona pareceres equivalentes da Procuradoria Regional Eleitoral e classifica as peças processuais. 

De acordo com o secretário, na análise de um parecer técnico do cartório, por exemplo, é possível decidir pela aprovação de contas, aprovação com ressalvas ou desaprovação. O robô vai realizar o download da peça e consultar o Sinapses para saber em quais das três categorias a peça se encaixa, cabendo aos juízes eleitorais apreciarem o conteúdo, antes da assinatura.

E isso é só o começo. “Com o tempo, pretendemos acrescentar novos robôs e submeter a novos classificadores de Inteligência Artificial com outros tipos de peças”, ressalta o secretário.

MC/LC, DM com informações do TRE-BA

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