A Justiça Eleitoral teve participação de destaque na Edição 2025 do Prêmio Auditoria de Geração de Valor, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A cerimônia de premiação ocorreu no dia 1º de agosto, durante o encerramento do Fórum Permanente de Auditoria do Poder Judiciário, em Brasília. 

A premiação foi dividida em três eixos temáticos, nos quais oito tribunais regionais eleitorais (TREs) tiveram projetos selecionados. Entre eles, dois se destacaram como vencedores em suas respectivas categorias: os TREs do Amapá e da Bahia.  

O prêmio, instituído pela Portaria CNJ nº 117/2025, reconhece iniciativas inovadoras que promovem melhorias na atividade de auditoria interna nos órgãos do Judiciário. 

Tribunais eleitorais vencedores 

No primeiro eixo temático, “Inovação Tecnológica e Ferramentas Digitais”, o projeto vencedor foi o “Agente de Auditoria: Automação de Relatórios e Painéis de Acompanhamento”, idealizado pelo TRE do Amapá, com participação colaborativa do TRE de Goiás e do TRE do Acre. A iniciativa integra um ecossistema de inteligência artificial construído com ferramentas livres, voltado à automatização de relatórios e à geração de painéis dinâmicos para o acompanhamento das atividades da auditoria interna.  

A solução tem proporcionado ganhos significativos de tempo, padronização e transparência, além de contribuir para o monitoramento mais eficiente das ações recomendadas pelas unidades de controle. 

Já no segundo eixo temático, “Geração de Valor para a Administração”, o primeiro lugar foi conquistado pelo projeto “Consultoria em Gestão de Riscos”, do TRE da Bahia. A proposta surgiu a partir de uma auditoria que identificou fragilidades na política de gestão de riscos da instituição. A partir dessa constatação, a Auditoria Interna passou a atuar como consultora na atualização e disseminação de um novo modelo de gestão nas unidades do Regional baiano, oferecendo suporte técnico contínuo para o mapeamento e a avaliação dos riscos institucionais. A prática fortalece a governança e alinha os processos administrativos às estratégias organizacionais do TRE. 

Para a secretária de Auditoria Interna do TRE-BA, Catiuscia Abreu, a vitória é a validação de um esforço coletivo. "A conquista do prêmio representa o reconhecimento da dedicação e do profissionalismo da equipe. É a validação de um trabalho que busca, continuamente, aprimorar a gestão pública e gerar valor para o Tribunal. A premiação demonstra que o trabalho de auditoria se estende à consultoria e ao apoio estratégico, contribuindo para a melhoria e a eficiência dos processos do órgão”, destacou. 

Projetos apresentados 

Além dos projetos premiados, outros dois tribunais eleitorais foram selecionados para apresentar presencialmente suas práticas durante o fórum, como parte das ações de valorização da Auditoria Interna. 

O TRE do Rio de Janeiro apresentou o projeto “Avaliação da Maturidade da Gestão de Riscos do TRE-RJ”, que envolveu a definição de escopo e objetivos específicos, coleta de evidências e análise documental para avaliar o estágio de maturidade do processo de gestão de riscos institucional, fortalecendo a governança.  

Já o TRE de Sergipe levou ao evento a iniciativa “Comunicação efetiva: relatório de auditoria em linguagem simples”, que buscou tornar os relatórios mais acessíveis e compreensíveis aos seus destinatários, promovendo maior efetividade nas ações de controle e contribuindo para a transparência da gestão. 

Valorização das boas práticas 

Por fim, foi selecionado, mesmo sem apresentação no evento, o projeto do TRE do Pará “Estruturação de Testes Automatizados de Auditoria Baseada em Matriz de Trilha de Controle”, que propôs a padronização de testes automatizados no sistema de fiscalização da Justiça Eleitoral, a fim de otimizar a rotina da Auditoria e contribuir para a segurança e a eficiência das ações de controle interno. 

A participação expressiva da Justiça Eleitoral na premiação evidencia o compromisso do segmento com a inovação, a governança e a transparência institucionais. Os projetos apresentados não apenas atendem às diretrizes estratégicas do CNJ, como também contribuem diretamente para o aprimoramento da gestão pública, sendo exemplos de excelência e inspiração para todo o Judiciário. 

CA/LC/DB