Ministra Cármen Lúcia defende a democracia em evento na Fundação Casa de Rui Barbosa
“Democracia é uma experiência de vida que se constrói, se escolhe e se aprimora”, ressaltou a ministra

Na manhã deste sábado (29), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou da Conferência Literatura e Democracia, realizada pela Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro.
Em um trecho da exposição, a ministra afirmou que “valorizar a comunicação com o outro é uma forma de fortalecer a própria democracia. A democracia é um espaço de liberdade para que a sociedade viva plenamente, não é apenas um modelo de Estado ou um regime político, mas uma forma de convivência que amplia nossos limites e garante que todos tenham voz.”

Ministra Cármen Lúcia - Foto: Felipe Torres
“A palavra nos constrói, desconstrói e nos faz reinventar”, disse a ministra ao destacar que a sociedade é um ambiente formado coletivamente e de maneira contínua. “A democracia também se edifica e se desenvolve, e deve ser praticada diariamente. A liberdade é quase um sentimento, uma construção permanente, e é pela palavra que temos a possibilidade de fortalecê-la.”
Ao rememorar os períodos ditatoriais vividos pelo Brasil, a ministra Cármen Lúcia afirmou que a literatura também cumpre o papel de preservar a memória dos percalços, da resistência e das lutas. Ela destacou a importância de formar uma sociedade livre, justa, solidária e mais humana, e ressaltou ainda a necessidade de respeitar a identidade única de cada pessoa. “Nem gêmeos são idênticos, mas todo ser humano é igual aos demais na sua dignidade, e só na democracia se garante esse respeito”, afirmou.
A ministra contou que, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), viaja pelo país e pelo mundo ouvindo as pessoas e apresentando o sistema de votação brasileiro. Ela lembrou que, em outros países, quando é demonstrada urna eletrônica, o público aplaude de pé, especialmente porque, a cada atualização, são expostas as melhorias e as possibilidades de auditoria. “Ninguém desconfiava da urna: tínhamos 93% de confiança na Justiça Eleitoral. E, ainda assim, pela palavra, conseguiram plantar a desconfiança”, ressaltou, lembrando que é justamente pela palavra que é preciso defender os processos democráticos.
“Democracia é uma experiência de vida que se constrói, se escolhe e se aprimora. Lutamos pela democracia todos os dias para que ela prevaleça”, enfatizou. “Sonho com um Brasil em que cada pessoa possa ser o que desejar. Esse será um país livre e justo para todas e todos”, concluiu a ministra.
Informações da Secretaria de Comunicação Social do STF

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