“Queremos que a urna seja amiga de vocês”, afirma presidente do TSE

Ministra Cármen Lúcia incentiva jovens de 15 a 17 anos ao exercício do voto e da cidadania, ao visitar Centro de Ensino Médio, em Planaltina (DF)

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - Ministra Cármen Lúcia visita Centro de Ensino Médio 01 de P...
Estudante faz pergunta à ministra Cármen Lúcia sobre cidadania e voto - 07.10.2025 - Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

"Por meio do voto é que a gente pode correr atrás dos nossos direitos e garantir nosso espaço na sociedade, porque vamos escolher alguém que nos represente, alguém que possa lutar por nós no cenário político”, afirmou Pedro Caleb Campos da Silva, aluno do 1º ano do Centro de Ensino Médio 01 de Planaltina (Centrão), no Distrito Federal. 

A mensagem do estudante foi dada durante uma conversa com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, e cerca de 250 alunos da instituição, nesta terça-feira (7). 

“Nós queremos que a urna seja amiga de vocês e que vocês sejam amigas e amigos da urna, porque precisamos fazer essa defesa permanente da democracia”, ressaltou a ministra durante o bate-papo com os adolescentes. 

A visita teve como objetivo destacar aos jovens – que têm entre 15 e 17 anos – a importância do exercício do voto e o papel deles no fortalecimento da democracia brasileira. No Brasil, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para maiores de 18 anos e facultativos para pessoas analfabetas, maiores de 70 e jovens de 16 e 17 anos. Jovens de 15 anos que completarem 16 até a data do 1º turno de uma eleição também podem solicitar a inscrição eleitoral para votar. 

Cidadania plena 

Atualmente, há cerca de 154 milhões de pessoas aptas a votar no Brasil. No dia 4 de outubro de 2026 (em 1º turno), das 8h às 17h, todas elas irão às urnas, “sem nenhuma confusão, como em um domingo de festa, a festa da democracia”, descreveu a ministra. 

Cármen Lúcia explicou que, nas próximas eleições, o eleitorado votará para presidente da República, governador de estado ou do Distrito Federal, dois senadores, um deputado federal e um deputado estadual. Segundo ela, a importância dessa escolha está em eleger representantes comprometidos com o bem comum. 

“É esse representante que deve fazer o que o eleitor quer que seja feito para melhorar a vida de todos, oferecer mais oportunidades e permitir que as pessoas sejam felizes”, afirmou. 

A presidente do TSE também reforçou o valor do voto secreto. “Na hora em que você chega à cabine eleitoral, é você com a urna, sozinho. Nem pai, nem mãe, nem professor, nem juiz. Ninguém manda, ninguém vê, ninguém sabe. É você, o titular, o único cidadão escolhendo. Seu voto será posto na urna e apurado. Será eleito e empossado aquele que obtiver o maior número de votos. Isso é a democracia que temos no Brasil. É por isso que cada um de nós tem o direito e o dever de votar”, destacou. 

A professora de Geografia da escola, Adriane Vilar, que também atua como mesária nas eleições, defendeu o sistema eleitoral brasileiro, considerado referência mundial. Ela contou que, durante as aulas, compartilha sua experiência com os estudantes. “Costumo explicar como é o trabalho de uma mesária e o orgulho que tenho de contribuir para a nossa democracia, garantindo a transparência do sistema eleitoral”, relatou. 

A estudante Larissa Teixeira Rodrigues, de 15 anos, já se prepara para votar pela primeira vez nas Eleições de 2026. Para ela, a participação da juventude nas urnas é fundamental para transformar o país. “Podemos, sim, construir passo a passo um futuro melhor, em que o Brasil alcance novos patamares e em que consigamos conquistar cada vez mais os nossos direitos”, afirmou. 

A jovem Ana Luísa Pereira, de 17 anos, participa do projeto Meninas em Ação, do colégio, e vê no voto uma forma de garantir representatividade feminina na política: “Votar é escolher pessoas comprometidas com políticas públicas voltadas para a segurança, a educação e a saúde das mulheres”. 

Inspirada em uma fala da ministra Cármen Lúcia, Ana Luísa reforçou a importância do diálogo entre diferentes ideias. “Precisamos sair da bolha e enxergar as divergências como oportunidades de construção conjunta, criando algo novo, mesmo a partir de culturas e pensamentos distintos”, disse. 

O estudante Pedro Caleb também defendeu, durante o encontro, o respeito às diferenças e aos direitos coletivos. “Temos de pensar nos nossos direitos e também nos direitos do outro”, ressaltou. 

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Centrão 

O Centro de Ensino Médio 01 de Planaltina (Centrão) é uma das escolas mais tradicionais da cidade, com cerca de 60 anos de existência. Atualmente, conta com aproximadamente 3,8 mil alunos matriculados nos turnos matutino, vespertino e noturno. 

Uma das mais antigas do Distrito Federal, a escola se destaca na rede pública por estimular o debate entre os estudantes sobre temas como cidadania, democracia, combate ao preconceito e à discriminação, entre outros. 

A diretora da instituição, Andréia Cristina de Sousa Neves, considera essencial que os jovens conheçam o funcionamento do processo eleitoral. “É muito importante que os alunos aprendam desde cedo a ter consciência do que é a democracia e compreendam que cada um tem uma parte essencial nas eleições”, destacou.

AN/EM/DB

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